terça-feira, 12 de fevereiro de 2013


O livro de John dos Passos sobre o Brasil em construção da metade do século 20



Augusto Nunes


Em 1948, os editores da revista Life contrataram o jornalista e escritor John dos Passos para saber como andavam as coisas no imenso grotão sul-americano que parecia ter localizado a  trilha que leva para longe das cavernas. Aos 52 anos, ele figurava no primeiríssimo time da imprensa desde a cobertura da Guerra Civil espanhola, e os livros já publicados não demorariam a incluí-lo entre os principais romancistas do século 20. Foi a primeira incursão de Passos pelo país que voltaria a visitar em 1958 e 1962.


A reedição de O Brasil em Movimento, lançado em 1964, comprova que o repórter da Life era o homem certo no lugar onde, até então, tudo parecia dar errado. As anotações feitas durante as três viagens desdobraram-se em textos que compõem mais do que uma grande reportagem. Trata-se de um documentário que prescinde de som e imagem. Quem recua no tempo em companhia de John dos Passos e ouve o que lê.


O livro destinado à estante das leituras indispensáveis se John dos Passos não fosse traído pela tradução (que, entre outros pecados, polui todos os parágrafos com pronomes possessivos sem serventia) e se não tivesse sucumbido à tentação de explicar o inexplicável. O Brasil não é para amadores, ensinou Tom Jobim. Nem para profissionais, sugerem as incontáveis tentativas de enxergar alguma lógica no cortejo de maluquices inaugurado pelas chegada das primeiras caravelas. Leitores e autor sairiam ganhando se fossem guardados para um livro de ficção os parágrafos que resumem as origens do país ou recordam acontecimentos históricos.


É comovente o esforço empreendido por um americano de Chicago para decifrar enigmas que o impedem de desfrutar sem interrogações do caso de amor à primeira vista. Rendido à hospitalidade loquaz dos nativos, aos exotismos e aos deslumbramentos do país em construção, o forasteiro habituado a ver as coisas como as coisas são  faz o que pode para evocar sem um ponto de exclamação a cada linha a saga sem similares.


Como reconhece o mais patriota dos historiadores, o Brasil nasceu por engano, virou Terra de Santa Cruz depois que se constatou que era muito litoral para uma ilha só, passou 200 anos na praia antes de animar-se a escalar o paredão que separava o mar do outro lado da mata, teve como primeira e única rainha Maria, a Louca, acolheu o filho da doida de hospício que roubou a matriz na vinda e a colônia na volta e instalou no trono um menino de cinco anos que, sem pai nem mãe, seria promovido a avô da nação. Não é pouco. E não é tudo.


John dos Passos não é um entendido em Brasil. É provável que não haja nenhum. Em contrapartida, entende de gente como poucos. O jornalista em ação na Espanha não contou nada de novo sobre a gestação da guerra civil, mas precisou de poucas linhas para eternizar personagens do conflito. Foi assim no Brasil. Em todos os encontros com as figuras da terra, bastavam a Passos alguns minutos de conversa para enxergar no interlocutor um traço louvável ou um defeito de fabricação. E uma ligeira mirada nas coisas da terra ─ a vermelhidão do solo do noroeste do Paraná, os matizes de verde da baía de Guanabara ─ era suficiente para o olhar que fazia as vezes de câmera.


Viajante compulsivo, Passos viu de perto a Amazônia no Dia da Criação, o início da extração de minério de ferro no Vale do Rio Doce, o Brasil Central saindo da infância, o Nordeste dos coronéis que governavam as jurnas, o Paraná invadido por colonizadores paulistas. Aprendeu a dormir em hotéis repulsivos, a beber cafezinho o dia inteiro e a gostar de arroz com feijão. Descobriu que vastidões territoriais sobreviviam sem latrinas, hospitais e médicos ao cerco das doenças desaparecidas havia décadas do circuito frequentado por americanos cosmopolitas. E, sobretudo, conversou. Conversou com gente da rua e com gente destinada a virar nome de rua. Nada lhe pareceu tão fantástico quanto a parto de Brasília. Nenhum agrupamento humano pareceu-lhe mais interessante que a tribo formada pelos inventores da nova capital.


“Só depois de conversar com Oscar Niemeyer por algum tempo comecei a perceber aquele homem pequeno, tímido, com olhos desconfiados, tinha uma firmeza robusta de pedreiro”, lembra. “Parecia que as palavras saíam direto do coração. Ele era desprovido de ambiguidades”. O registro elogioso contrasta com a má impressão causada por conhecidos produtos da grife Niemeyer. Num jantar, endossou em silêncio o parecer da anfitriã: “Ele não é arquiteto de jeito nenhum. É um escultor que trabalha com materiais de construção”.


Se o Brasil não canonizasse seus mortos famosos antes que o velório comece, o obituário de Niemeyer teria incluído o trecho que descreve o Palácio da Alvorada. “É um prédio singularmente belo feito de vidro e concreto branco. Flutua com tanta leveza quanto um bando de cisnes no lago de águas claras. As divisões internas também são de vidro. Perguntei-me  onde, com aquelas paredes de vidro, o pobre presidente poderia encontrar um lugar para trocar de roupa ou escrever uma carta”.


“Dai-me um repórter que seja ao menos parecido com este”, deveria implorar todo chefe de redação ao estacionar no ponto final. A sorte é que poucos leitores lembram que  uma reportagem pode ser assim.



Até no quartel, general?




NO GOVERNO -- A presidente Dilma Rousseff determinou ao general Enzo Peri, que apurasse com rigor e celeridade as denúncias de corrupção na Força
NO GOVERNO -- Dilma Rousseff determinou ao general Enzo Peri, que apurasse com rigor e celeridade as denúncias de corrupção na Força (Foto: Pedro Ladeira / AFP)



HUGO MARQUES


Em junho do ano passado, a presidente Dilma Rousseff lançou um programa bilionário com o objetivo de modernizar o aparelho estatal e, de quebra, estimular a economia, que já caminhava a passos lentos àquela altura. Batizado de PAC Equipamentos, esse pacote previa a liberação de 8,4 bilhões de reais para a compra de materiais e maquinário pelos ministérios — incluindo a pasta da Defesa e as forças militares a ela vinculadas, sempre queixosas de um quadro de sucateamento a que estariam submetidas.


Ao contrário do que ocorre em outras modalidades do PAC, o novo projeto saiu do papel. Só o Exército gastou 1,8 bilhão de reais em caminhões, veículos blindados e até lançadores de mísseis. Mas, como é, infelizmente, praxe nas empreitadas civis, a corrupção parece ter encontrado uma brecha na esfera militar.
Oficiais do Exército estão sendo investigados por terem sido acusados de achacar empresários que venceram licitações para fornecer equipamento à força terrestre. Eles teriam exigido propina em troca da assinatura dos contratos. Reproduziram, assim, um modelo de desvio de verba pública que foi consagrado recentemente nos ministérios dos Transportes e do Trabalho.


General Enzo Peri, comandante do Exército, foi intimado a tomar providências, pela presidente (Foto: Gustavo Miranda)
General Enzo Peri, comandante do Exército, foi intimado a tomar providências, pela presidente (Foto: Gustavo Miranda)


Resta saber se, como os ministros demitidos daquelas duas pastas, os oficiais corruptos serão responsabilizados. A presidente Dilma Rousseff já determinou a abertura de uma sindicância para apurar o caso, que está sendo investigado sigilosamente pelo alto-comando do Exército.


O PAC Equipamentos entrou na mira dos corruptos tão logo anunciado. Em novembro do ano passado, a empresária Iracele Mascarello, dona do Grupo Mascarello, fabricante de ônibus do Paraná, procurou o senador Roberto Requião (PMDB-PR) e lhe contou que tinha vencido uma licitação para vender 65 ônibus, por 17,8 milhões de reais, ao Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), o grupamento que cuida da segurança pessoal do presidente da República.


Iracele disse ao senador que, às vésperas da assinatura do contrato, oficiais do Exército exigiram propina para formalizá-lo. Caso contrário, nada feito. É a velha máxima de criar dificuldade para vender facilidade. A proposta foi feita ao representante da empresa em Brasília, Ivan Paiva, que se reuniu com os achacadores, duas vezes, em restaurantes da capital. “Prefiro não assinar esse contrato”, disse Iracele ao ser consultada pelo subordinado. Depois, relatou a história a Requião. “Senador, entramos numa concorrência da Guarda Presidencial para vender ônibus, ganhamos a concorrência, mas um oficial falou que só nos classifica se pagarmos comissão, propina.”


Requião, que, quando era governador, assinou contratos com a Mascarello e, portanto, conhecia a empresária, levou o caso adiante. O senador contatou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que é filho de general e irmão de coronel, e narrou-lhe a tentativa de achaque perpetrada por oficiais contra a empresa paranaense.


Forte Apache Esse é o apelido do Q.G. do Exército em Brasília: uma sindicância apura se os selvagens da corrupção conseguiram furar as defesas e estão operando ali dentro. Seria um choque para a instituição mais admirada e respeitada do Brasil
FORTE APACHE -- Esse é o apelido do Q.G. do Exército em Brasília: uma sindicância apura se os selvagens da corrupção conseguiram furar as defesas e estão operando ali dentro. Seria um choque para a instituição mais admirada e respeitada do Brasil (Foto: Cristiano Mariz)


O ministro repassou a denúncia ao comandante do Exército, general Enzo Peri, e à presidente da República. Dilma — que já demitiu sete ministros acusados de corrupção e tráfico de influência — determinou a abertura imediata de uma sindicância: “Eu vou dar doze horas para o Comando do Exército resolver isso”. Depois da intervenção presidencial, a denúncia começou a ser apurada, e o contrato do Exército com a Mascarello foi assinado.


“A citada sindicância se encontra em curso e, até o presente momento, não há como comprovar a ocorrência de propina no referido processo”, diz o Comando do Exército em nota. “Registre-se que o processo licitatório já foi concluído, e a empresa representada pelo denunciante contemplada na forma do que está previsto nas normas vigentes.” De início, o governo aventou a possibilidade de a denúncia ser falsa, um instrumento de pressão para acelerar a assinatura do contrato, ou, na pior das hipóteses, um caso isolado. Antes fosse.


Os oficiais corruptos atuavam de forma ostensiva e tentaram extorquir outras empresas. Caso de um empresário de Brasília. Durante um leilão para a compra de caminhões, em outubro do ano passado, esse empresário foi procurado por oficiais do Exército para pagar 5% de comissão. Como não aceitou, disse ter sido desclassificado do pregão, em que um dos itens era a compra de 125 caminhões-guincho, negócio estimado em 60 milhões de reais.


Com medo, o empresário afirma que não denunciou nem denunciará os integrantes do esquema de corrupção. Ele conta que tem outros negócios com o governo e teme ser prejudicado: “Quem não paga propina não leva. Os militares arrumam uma forma de desclassificar a empresa”. A exclusão por esse tipo de critério, como se sabe, encarece a negociação, já que o preço dos equipamentos acaba incluindo o “custo-propina” — que, no fim das contas, sai do bolso do contribuinte. Exemplo: um caminhão-guincho que custou ao Exército 485 000 reais poderia ser comprado por 443 000 reais se a compra tivesse seguido os trâmites corretos.


Uma diferença modesta, na casa do milhar, mas que, quando multiplicada pela quantidade de unidades compradas, transforma-se em milhões de reais. Se aplicada ao total gasto pelo Exército no âmbito do PAC Equipamentos, a propina de 5% renderia 90 milhões de reais aos achacadores de farda.


A investigação vai esclarecer se os militares estrelados agiam sozinhos ou se tinham cobertura dos superiores. Cada pregão é acompanhado por três militares, que se reportam aos chefes sobre o andamento das compras. “Algumas pessoas no Comando do Exército estavam distorcendo a situação. A gente louva a presidente Dilma, que está fortalecendo a empresa nacional. Não tendo esse tipo de coisa, fortalece todo mundo”, disse Antonino Duzanowski, diretor da Mascarello.


“Um oficial disse que só nos classificariam se pagássemos comissão, propina.” Iracele Mascarello, dona da Mascarello
“Um oficial disse que só nos classificariam se pagássemos comissão, propina.” Iracele Mascarello, dona da Mascarello (Foto: Mauro Frasson)


Desde o governo Lula, o Exército tem um papel importante no PAC. O ex-presidente convocava unidades de engenharia militar para executar obras rodoviárias quando as empreiteiras atrasavam os projetos — seja por disputas entre elas, seja para pressionar a União a pagar mais pelo serviço. Em repetidas pesquisas de opinião, o Exército aparece como a instituição mais admirada e respeitada do Brasil. Não se pode permitir que a ação de alguns oficiais gananciosos atinja a imagem do Exército. No ano passado, a Força gastou 2,6 bilhões de reais, dos quais 1,8 bilhão do PAC Equipamentos e 800 milhões de repasses adicionais do Ministério do Planejamento.


A assinatura do contrato de compra de 86 viaturas blindadas Guarani por 240 milhões de reais, em agosto, contou com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, e do comandante Enzo Peri. Para provar que a corrupção ainda não conseguiu penetrar as defesas morais do Exército, o alto-comando já começou a passar um pente-fino nas mais de 200 licitações feitas nos últimos meses pelos militares.


09/02/2013
às 18:58 \ O País quer Saber
 
 
 
PUBLICADO NA EDIÇÃO DE VEJA DESTA SEMANA

 

Mara Gabrilli, deputada federal: as cidades são hostis a pessoas com deficiência

PUBLICADO EM 23 DE MAIO DE 2012

Qualquer pessoa pode ser feliz, garante a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), primeira tetraplégica a ocupar um gabinete no Congresso. “As cidades é que não estão preparadas para receber pessoas com deficiência”, ressalva. Ex-vereadora, Mara chefiou entre 2005 e 2007 a pioneira Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, criada pelo prefeito José Serra. Graças ao bom desempenho no cargo, pousou em Brasília a bordo de mais de  160 mil votos.

Na entrevista dividida em quatro partes, a risonha lutadora lembra o acidente que a imobilizou numa cadeira de rodas, descreve a batalha pela sobrevivência, relata as dificuldades enfrentadas para adaptar-se à rotina dramaticamente modificada pelo destino e registra, com evidente entusiasmo, os avanços ocorridos num país hostil a pessoas com deficiência.


O Brasil seria mais generoso se fosse menos desinformado, acredita a entrevistada. Num encontro com José Sarney, por exemplo, Mara ouviu o presidente do Senado atribuir o interesse que tem pelas bandeiras defendidas pela visitante ao convívio com dois tios portadores da síndrome de Down. A deputada narra esses episódios com o comovente bom humor de quem aprendeu que a vida vale a pena e a dor de ser vivida.

Marco Antonio Villa: Vou-me embora pra Bruzundanga

O Brasil é um país fantástico. Nulidades são transformadas em gênios da noite para o dia. Uma eficaz máquina de propaganda faz milagres. Temos ao longo da nossa História diversos exemplos. O mais recente é Dilma Rousseff.

Surgiu no mundo político brasileiro há uma década. Durante o regime militar militou em grupos de luta armada, mas não se destacou entre as lideranças. Fez política no Rio Grande do Sul exercendo funções pouco expressivas. Tentou fazer pós-graduação em Economia na Unicamp, mas acabou fracassando, não conseguiu sequer fazer um simples exame de qualificação de mestrado. Mesmo assim, durante anos foi apresentada como “doutora” em Economia. Quis-se aventurar no mundo de negócios, mas também malogrou. Abriu em Porto Alegre uma lojinha de mercadorias populares, conhecidas como “de 1,99″. Não deu certo. Teve logo de fechar as portas.

Caminharia para a obscuridade se vivesse num país politicamente sério. Porém, para sorte dela, nasceu no Brasil. E depois de tantos fracassos acabou premiada: virou ministra de Minas e Energia. Lula disse que ficou impressionado porque numa reunião ela compareceu munida de um laptop. Ainda mais: apresentou um enorme volume de dados que, apesar de incompreensíveis, impressionaram favoravelmente o presidente eleito.

Foi nesse cenário, digno de O Homem que Sabia Javanês, que Dilma passou pouco mais de dois anos no Ministério de Minas e Energia. Deixou como marca um absoluto vazio. Nada fez digno de registro. Mas novamente foi promovida. Chegou à chefia da Casa Civil após a queda de José Dirceu, abatido pelo escândalo do mensalão. Cabe novamente a pergunta: por quê? Para o projeto continuísta do PT a figura anódina de Dilma Rousseff caiu como uma luva. Mesmo não deixando em um quinquênio uma marca administrativa ─ um projeto, uma ideia ─, foi alçada a sucessora de Lula.

Nesse momento, quando foi definida como a futura ocupante da cadeira presidencial, é que foi desenhado o figurino de gestora eficiente, de profunda conhecedora de economia e do Brasil, de uma técnica exemplar, durona, implacável e desinteressada de política. Como deveria ser uma presidente ─ a primeira ─ no imaginário popular.

Deve ser reconhecido que os petistas são eficientes. A tarefa foi dura, muito dura. Dilma passou por uma cirurgia plástica, considerada essencial para, como disseram à época, dar um ar mais sereno e simpático à então candidata. Foi transformada em “mãe do PAC”. Acompanhou Lula por todo o País. Para ela ─ e só para ela ─ a campanha eleitoral começou em 2008. Cada ato do governo foi motivo para um evento público, sempre transformado em comício e com ampla cobertura da imprensa. Seu criador foi apresentando homeopaticamente as qualidades da criatura ao eleitorado. Mas a enorme dificuldade de comunicação de Dilma acabou obrigando o criador a ser o seu tradutor, falando em nome dela ─ e violando abertamente a legislação eleitoral.

Com base numa ampla aliança eleitoral e no uso descarado da máquina governamental, venceu a eleição. Foi recebida com enorme boa vontade pela imprensa. A fábula da gestora eficiente, da administradora cuidadosa e da chefe implacável durante meses foi sendo repetida. Seu figurino recebeu o reforço, mais que necessário, de combatente da corrupção. Também, pudera: não há na História republicana nenhum caso de um presidente que em dois anos de mandato tenha sido obrigado a demitir tantos ministros acusados de atos lesivos ao interesse público.

Com o esgotamento do modelo de desenvolvimento criado no final do século 20 e um quadro econômico internacional extremamente complexo, a presidente teve de começar a viver no mundo real. E aí a figuração começou a mostrar suas fraquezas. O crescimento do produto interno bruto (PIB) de 7,5% de 2010, que foi um componente importante para a vitória eleitoral, logo não passou de uma recordação.

Independentemente da ilusão do índice (em 2009 o crescimento foi negativo: -0,7%), apesar de todos os artifícios utilizados, em 2011 o crescimento foi de apenas 2,7%. Mas para piorar, tudo indica que em 2012 não tenha passado de 1%. Foi o pior biênio dos tempos contemporâneos, só ficando à frente, na América do Sul, do Paraguai. A desindustrialização aprofundou-se de tal forma que em 2012 o setor cresceu negativamente: -2,1%. O saldo da balança comercial caiu 35% em relação à 2011, o pior desempenho dos últimos dez anos, e em janeiro deste ano teve o maior saldo negativo em 24 anos. A inflação dá claros sinais de que está fugindo do controle. E a dívida pública federal disparou: chegou a R$ 2 trilhões.

As promessas eleitorais de 2010 nunca se materializaram. Os milhares de creches desmancharam-se no ar. O programa habitacional ficou notabilizado por acusações de corrupção. As obras de infraestrutura estão atrasadas e superfaturadas. Os bancos e empresas estatais transformaram-se em meros instrumentos políticos ─ a Petrobrás é a mais afetada pelo desvario dilmista.

Não há contabilidade criativa suficiente para esconder o óbvio: o governo Dilma Rousseff é um fracasso. E pusilânime: abre o baú e recoloca velhas propostas como novos instrumentos de política econômica. É uma confissão de que não consegue pensar com originalidade. Nesse ritmo, logo veremos o ministro Guido Mantega anunciar uma grande novidade para combater o aumento dos preços dos alimentos: a criação da Sunab.

Ah, o Brasil ainda vai cumprir seu ideal: ser uma grande Bruzundanga. Lá, na cruel ironia de Lima Barreto, a Constituição estabelecia que o presidente “devia unicamente saber ler e escrever; que nunca tivesse mostrado ou procurado mostrar que tinha alguma inteligência; que não tivesse vontade própria; que fosse, enfim, de uma mediocridade total”.


11/02/2013
às 14:58 \ Direto ao Ponto

Grammy: e o troféu abacaxi vai para... Justin Bieber

O ídolo teen Justin Bieber
O ídolo teen Justin Bieber (Jason Merritt/Getty Images)
Quem pagou o maior mico do Grammy 2013? Justin Bieber, sem dúvida. Esnobado pela premiação -- ele não conseguiu uma única indicação apesar de ter lançado um disco de inéditas em 2012, Believe --, o canadense resolveu promover um showzinho ao vivo na internet para concorrer com a transmissão da festa na TV.



Não deu certo. Não que tenha sido um fracasso, pelo contrário: foram tantas as fãs que quiseram acompanhar a apresentação que o streaming não decolou, nem no Twitter nem no site Ustream. O mico foi, isso sim, pela infantilidade do canadense, que não anda mesmo numa boa fase. Perdeu a namorada, Selena Gomez, e viu sua afilhada, Carly Rae Jepsen, brilhar sozinha na festa do Grammy, onde concorria em duas categorias -- a intérprete de Call me Maybe perdeu as duas, o que deve ter feito a alegria do padrinho.

Melhores momentos do Grammy: Veja como foi a premiação

Enquanto os streamings falhavam, Bieber segurava a sua audiência com lamentos -- "Minhas fãs são incríveis, mas é frustrante que a apresentação não aconteça" -- e com promessas de novas postagens no Twitter. É duro ter 18 anos.

Problemas do Vaticano na Itália devem influenciar escolha do novo papa, diz historiador da Igreja



Problemas do Vaticano na Itália devem influenciar escolha do novo papa, diz historiador da Igreja

Para José Oscar Beozzo, do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular, Vaticano pode voltar a ser comandado por um italiano




Depois de mais de três décadas, o Vaticano pode voltar a ser comandado por um italiano, retomando uma tradição que dominou a maior parte da sua história – em mais de 2.000 anos, a Igreja Católica já foi comandada por mais de 200 papas nascidos na península italiana. Essa é a avaliação do padre José Oscar Beozzo, coordenador-geral do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular, após o anúncio de que Bento XVI deixará o pontificado no próximo dia 28. Doutor em história social pela Universidade de São Paulo (USP), ele faz parte do Centro de Estudos de História da Igreja na América Latina e no Caribe (CEHILA-Brasil). Segundo o padre, os problemas enfrentados atualmente pela Igreja na Itália, o país em que está localizado o enclave do Vaticano, devem pesar na escolha do próximo papa. Nos últimos meses, o Banco Central da Itália tem acusado o Vaticano de não ser transparente em sua contas e, recentemente, a Igreja passou a pagar imposto de propriedade no país.


 
 
Para o padre e historiador, não foi só a idade de Bento XVI, que está com 85 anos, que pesou para sua decisão. O escândalo envolvendo o roubo de documentos por parte de seu mordomo também influenciou. “Foi uma violação da sua intimidade. Bento é uma pessoa tímida.” Em 2002, Beozzo escreveu um artigo em que discorreu sobre as questões legais do direito canônico no caso de uma renúncia de João Paulo II, que à época estava com a saúde muito debilitada.

 
Você escreveu sobre a possibilidade de renúncia de um papa há dez anos. Ficou surpreso com a decisão de Bento XVI? O mecanismo da renúncia é previsto no direito canônico. O papa é livre para sair do cargo. Houve casos anteriores, mas praticamente só na Idade Média. Um dos casos aconteceu em 1.294. A situação, claro, chama a atenção. Mas o próprio Bento tinha demonstrado sinais de cansaço e deu indicações de que poderia tomar essa decisão. A idade deve ter pesado, mas houve outros fatores, como a violação da sua intimidade no caso do mordomo que roubou documentos no ano passado. Bento é uma pessoa tímida. Ele também tinha visto o exemplo de João Paulo II, que ficou muito debilitado no cargo, precisando de ajuda para tarefas mínimas. Bento não quis repetir isso, ter um destino semelhante. Também deve ter pesado o exemplo do ex-arcebispo de Canterbury Rowan Williams (o líder espiritual da Igreja Anglicana que renunciou no ano passado após dez anos no cargo). Williams tem só 62 anos e se dava muito bem com Bento XVI.


Quais mudanças devem ocorrer na Igreja? Bento XVI já tinha 78, 79 anos quando assumiu. Também não se esperava um papado longo. O próprio Ratzinger ocupa posições de destaque desde a década de 80. O então cardeal Joseph Ratzinger foi a figura mais influente e poderosa do Vaticano no pontificado de João Paulo II. Ele também foi o último papa a ter participado do Concílio do Vaticano II, nos anos 60. Nenhum dos prováveis candidatos teve essa experiência. Portanto, é o fim de um período.


Bento XVI deve influenciar o processo de escolha do próximo papa? Ele não deve influenciar diretamente o processo de escolha, como um eleitor, mas é lógico que sua opinião vai pesar. Ele nomeou 58% dos cardeais que vão votar.


E qual deve ser o perfil do próximo papa? Dos 210 cardeais que existem, 118 devem votar no conclave. Eles vão levar em conta questões como os problemas políticos na Itália. É possível que o próximo escolhido seja um italiano, que teria mais familiaridade com os problemas. O próprio Ratzinger parece ter dado a indicação nesse sentido. Em 2011, ele transferiu o cardeal Angelo Scola do patriarcado de Veneza para o de Milão. Essa mudança é interessante. Veneza é uma cidade com importância histórica e cultural para a Igreja, mas é um posto confortável. Já Milão é a arquidiocese mais importante da Itália. Vários dos seus chefes se tornaram papas no século XIX e no XX. Paulo VI (1892-1963) foi arcebispo lá.














Perfil

Padre
José Oscar Beozzo
Coordenador-geral do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (Cesep)

Beozzo é mestre em Sociologia da Religião pela Université Catholique de Louvain (Bélgica) e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Faz parte do Centro de Estudos de História da Igreja na América Latina e no Caribe (CEHILA-Brasil). É autor dos livros A Igreja do Brasil (1993) e a A Igreja do Brasil no Concílio Vaticano II: 1959-1965 (2005).

Jovens inspiradores na mira do Google



Jovens inspiradores na mira do Google

Feira de Ciências promovida pela companhia quer encontrar adolescentes com potencial para invenção e inovação

Thinkstock
(Thinkstock)

 
A terceira edição da Feira de Ciências do Google busca em todo o mundo os mais brilhantes adolescentes. O objetivo da companhia é encontrar jovens com potencial de mudar o mundo por meio de ideias e projetos inovadores. As inscrições para a competição foram abertas nesta quarta-feira e são válidas para adolescentes entre 13 e 18 anos de todo o mundo.

O evento on-line é organizado pelo Google em parceria com a Cern (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), a fabricante de brinquedos Lego, e as revistas National Geographic e Scientific American. Os jovens têm 90 dias para fazer a inscrição e devem apresentar o seu projeto (investigação profunda de uma questão ou problema de engenharia) até 30 de abril.



O melhor projeto será premiado com uma viagem de dez dias às Ilhas Galápagos, na companhia de uma expedição da National Geographic, cujo objetivo será explorar espécies exóticas comuns na região. O grande prêmio inclui ainda uma bolsa de estudos oferecida pelo Google no valor de 50.000 dólares, assinatura digital da Scientific American, 10.000 dólares para a escola do estudante, além de experiências nas sedes da Lego, Cern e Google.

Os projetos inscritos na Feira de Ciências serão analisados por um júri composto por 15 especialistas de todo o mundo. Entre os critérios de avaliação estão resumo, perfil do inscrito, proposta, pesquisa, metodologia, resultado, conclusão e bibliografia.

Os 90 finalistas (30 das Américas, 30 da Ásia e 30 da Europa, Oriente Médio e África) serão revelados em junho. Os 15 finalistas globais serão escolhidos pelo júri em julho e participarão de um evento na sede do Google, em Mountain View, na Califórnia, no dia 23 de setembro, quando será anunciado o grande projeto vencedor. 

Microsoft ataca Google em disputa de serviços de e-mail

Microsoft ataca Google em disputa de serviços de e-mail

Companhia liderada por Steve Ballmer destaca fato de mensagens de usuários do Gmail serem lidas por robôs com finalidade publicitária

Reprodução
(Reprodução)
A Microsoft abriu fogo novamente contra o rival Google em sua mais recente campanha promocional do Outlook.com, seu serviço de e-mail. A gigante do software liderada por Steve Ballmer afirmou que as mensagens de usuários de Gmail, serviço de e-mails do Google, são lidas por robôs da companhia com finalidades publicitárias.


"O Google vasculha todos os e-mails enviados e recebidos para buscar palavras-chave e direcionar anúncios pagos aos usuários do Gmail", diz a Microsoft. A solução, é claro, prega a companhia, é adotar o Outlook.com.
Não se trata de uma crítica sem fundamento. O Google realmente analisa as mensagens trocadas através do Gmail com o objetivo de melhorar a publicidade exibida na interface de e-mail do usuário. Existem, porém, opções para quem pretende impedir a prática, como o uso da versão HTML do serviço.

A empresa de Ballmer garante que o Outlook.com prioriza a privacidade e que não exibe anúncios com base em palavras-chave. "O seu e-mail não é da conta de ninguém, mas o Google faz disso o seu negócio", ataca.

O Outlook.com surgiu como substituto do Hotmail. O serviço foi lançado em julho do ano passado pela Microsoft.
Questão 5
O que o projeto governamental tem em vista é poupar à Nação o prejuízo irreparável do perecimento e
da evasão do que há de mais precioso no seu patrimônio. Grande parte das obras de arte até mais valiosas e
dos bens de maior interesse histórico, de que a coletividade brasileira era depositária, têm desaparecido ou se
arruinado irremediavelmente. As obras de arte típicas e as relíquias da história de cada país não constituem o
seu patrimônio privado, e sim um patrimônio comum de todos os povos.
ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico e histórico. O Jornal, 30 out. 1936. In: ALVES FILHO, I.
Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).

A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi orientada por
ideias como as descritas no texto, que visavam

A) submeter a memória e o patrimônio nacional ao controle dos órgãos públicos, de acordo com a tendência
autoritária do Estado Novo.

B) transferir para a iniciativa privada a responsabilidade de preservação do patrimônio nacional, por meio de
leis de incentivo fi scal.

C) defi nir os fatos e personagens históricos a serem cultuados pela sociedade brasileira, de acordo com o interesse
público.

D) resguardar da destruição as obras representativas da cultura nacional, por meio de políticas públicas preservacionistas.

E) determinar as responsabilidades pela destruição do patrimônio nacional, de acordo com a legislação brasileira.

Resolução
Durante o Estado Novo, a burocracia estatal tinha a estratégica função de mediar as relações entre o Estado e
o cidadão. Além da censura, da propaganda e da repressão, ”resguardar da destruição as obras representativas
da cultura nacional“ era uma forma de defesa da própria identidade da nação.



Resposta: D

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Ser e estar candidato

Ser e estar candidato

BRASÍLIA - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, responde assim quando 2014 entra na conversa: "As condições me colocaram na posição de candidato a presidente. Mas isso é hoje. Tudo vai depender de como o PT vai conduzir o processo".

Ou seja, ainda tem jogo a ser jogado. Trata-se do clássico cenário no qual há uma diferença entre "ser" e "estar" candidato, apesar de no Congresso os deputados e senadores do PSB falarem diariamente sobre a inevitabilidade da entrada de Eduardo Campos na corrida pelo Planalto.

O chefe do PSB, hoje, "está" candidato. Se, em 2014, ele será candidato é outra história.
Numa conversa pessoal recente entre Eduardo Campos e Dilma Rousseff, ambos trataram do assunto de maneira aberta. A atual presidente foi logo dizendo: "Nada do que vier a acontecer no futuro vai abalar a nossa amizade". Dilma disse mais: "Um dia você vai estar aqui".

Hoje, é impossível Campos fazer o cálculo preciso do custo e do benefício de disputar ou não o Planalto. Para ele, é cômodo deixar seus aliados no Congresso alimentando esse projeto. Só que a decisão será pragmática.

Dois argumentos empurram Campos a concorrer: 1) Ele precisa se tornar conhecido em âmbito nacional. Mesmo perdendo, ganha ao difundir sua imagem para depois tentar a sorte mais adiante; 2) Numa hipótese mais remota, pode tirar a sorte grande e acabar ganhando. Tal desfecho positivo se materializaria por causa do que ele chama de "envelhecimento forte na política". O voto contra os nomes tradicionais pode ser usado a seu favor.

Ocorre que muitos tentaram esse caminho e sucumbiram. Ciro Gomes foi um deles. Tinha uma imagem parecida com a de Campos, mas ficou menor a cada eleição. No fundo, o candidato vitorioso "tem de vender esperança", diz Campos. Ele está em busca dessa fórmula.


Fernando Rodrigues Fernando Rodrigues é repórter em Brasília. Na Folha, foi editor de "Economia" (hoje "Mercado"), correspondente em Nova York, Washington e Tóquio. Recebeu quatro Prêmios Esso (1997, 2002, 2003 e 2006). Escreve quartas e sábados na versão impressa Página A2.

Passado ou futuro?

Passado ou futuro?

O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar quatro clubes da cidade que teriam proibido o ingresso de babás que não estivessem devidamente uniformizadas de branco. A ação partiu do frei David dos Santos, da ONG Educafro, para quem, segundo "O Globo" (17/1), a medida reproduziria "o cenário das célebres gravuras de Debret, com a representação de 'sinhôs', 'sinhás', 'sinhozinhos' e suas 'mucamas', em pleno século 21".

A persistência do passado, projetando sombras sobre o futuro, inquieta, com razão, brasileiros do presente.
De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o Brasil é o país com o maior número de empregados domésticos do mundo. Seriam 7,2 milhões em 2010. Aqui, a instituição da trabalhadora que dorme na casa do patrão, abolida há décadas do cotidiano da vasta classe média em países mais igualitários, ainda responde pela maioria dos serviços do tipo. Segundo o Ipea, só 30% seriam diaristas. Os dados constam de reportagem da "Carta Capital" (23/1).

É verdade que, aos poucos, ocorrem transformações. Com a crescente passagem para o regime de diarista, aumenta o registro em carteira das que exercem funções domésticas. O problema está no vagar das mudanças. O economista Marcio Pochmann chega a dizer que, nesse ritmo histórico, vai demorar 120 anos para incluir todos os trabalhadores domésticos "na proteção social e trabalhista".

O caso das domésticas é ilustrativo de fenômeno mais geral. O lulismo impulsionou significativa redução da pobreza extrema. Na última segunda, no Paraná, a presidente Dilma afirmou ter tirado quase 20 milhões de pessoas de tal condição e anunciou que, em março, nenhum dos cadastrados pelo governo estará em situação de miséria. Isto é, todos contarão com, pelo menos, R$ 70 ao mês.

Boa notícia, sem dúvida, e o Executivo deve ser aplaudido por ela, uma vez que estende a mão a quem precisa de ajuda urgente. Ocorre que um indivíduo que dispõe de R$ 2,30 por dia consegue comprar pouco mais que um coco no interior do Piauí (Folha, 3/2). Saiu da emergência de não ter o que comer, mas está muito distante dos confortos que o século 21 pode proporcionar.

Em 1952, em plena época das melhores esperanças getulistas, a poeta Elizabeth Bishop afirmava simplesmente não haver classe média no Brasil. Transcorridos 60 anos, ainda estamos às voltas com o sonho de constituir uma sociedade em que a classe média seja abrangente, como pode constatar quem ler a íntegra do discurso paranaense de Dilma.

Conclusão: o Brasil caminha para a frente, mas a passo tão lento que fica difícil distinguir se, nele, constrói o futuro ou eterniza o passado.



Folhapress André Singer é cientista político e professor da USP, onde se formou em ciências sociais e jornalismo. Foi porta-voz e secretário de Imprensa da Presidência no governo Lula.

Paparazzo indiscreto irrita Claudia Raia em camarote


Paparazzo indiscreto irrita Claudia Raia em camarote

Famosos no camarotes de São Paulo28 fotos

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 A atriz Claudia Raia mostra seu sorriso no Camarote Brahma 
 
 
Claudia Raia, que está em cartaz em São Paulo até dia 24 com o espetáculo "Cabaret", chegou só no começo da madrugada deste sábado (9) ao camarote dos desfiles do Sambódromo paulista.

No início, sorriu para as fotos. "Ela é uma fofa", elogiou uma assessora do evento. Entretanto, o assédio da imprensa logo foi desmontando o bom humor da global. O semblante mudou de vez quando um fotógrafo que estava na avenida, mais ousado, conseguiu um clique bem indiscreto por debaixo da saia, pra ser mais exato.

Claro que não agradou nem um pouco a atriz. Quem estava por perto garante que ela fez o mesmo olhar furioso de sua personagem Lívia, em "Salve Jorge", na cena do "vem que eu te dou uma seringada". O fato é que ela pegou a câmera e conseguiu apagar a imagem indesejada.

Pouco depois, a reportagem do UOL perguntou a ela o que estava achando do desfile. Mas não era exatamente o melhor momento. "Não estou achando nada porque acabei de chegar".

Irritada, Claudia pediu que a imprensa fosse retirada da área vip. Sem desfilar, e em pausa nas gravações da novela das nove, a atriz foi conferir a performance do marido, o ator Jarbas Homem de Melo, que desfilou na comissão de frente da Vai-Vai.

Após chegar da avenida, ele foi direto ao camarote, agarrou a atriz e disse: "Agora somos um só", o que melhorou o clima do ambiente.



Milene Cardoso/AgNews


Carlos Minuano
Do UOL, em São Paulo

Incompetente e paralisado, governo de Dilma Rousseff anuncia medidas para acelerar o PAC


Incompetente e paralisado, governo de Dilma Rousseff anuncia medidas para acelerar o PAC

Inventando a roda – O Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, mais uma sigla inventada no governo Lula para enganar a opinião pública e incensar a candidatura da então ministra da Casa Civil, continua o mesmo fiasco que todos conhecem. Para dar tratos à bola e maquiar a dura realidade do programa, que inclui obras paradas e outras que não saíram do papel, o governo federal, por meio do Ministério do Planejamento, anunciou que criará um novo método de avaliação do programa.

De acordo com a ministra Miriam Belchior, do Planejamento, haverá mudança nas medições de execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com o objetivo de acelerar o andamento das obras de infraestrutura. Segundo Belchior, as medições das obras serão feitas em quatro etapas distintas: aos 40%, 60%, 90% e, a última, no momento de fechar o contrato. Só depois de cada medição é que os recursos serão liberados. Ou seja, alguém precisa investir antes para que o governo acione sua conhecida pirotecnia depois.

“Estamos fazendo uma aposta aqui que, com isso, vamos conseguir aumentar a velocidade”, disse a ministra Miriam Belchior durante encontro com governadores.

Esse anúncio mostra que o governo sofre de letargia e tenta acelerar um programa que era de aceleração do crescimento, que, pelo contrário, não aconteceu. Na verdade, o PAC, que por incompetência ganhou até uma segunda edição (PAC 2) e teve nomenclaturas agregadas, não passa de um ajuntamento de obras debaixo de uma sigla embusteira. Como esse anúncio, o Brasil pode se preparar para registrar expressivo crescimento da economia daqui a dois ou três anos, se é que isso não é excesso de otimismo de nossa parte.

Por outro lado, é preciso saber se essas novas regras de medição das obras não representam mais um espetáculo de ocultismo do governo da presidente Dilma Rousseff, que nos últimos dois anos, auxiliada por assessores, se especializou em mágicas típicas de circos mambembes de periferia.

Dirceu e Genoino podem ser absolvidos


Dirceu e Genoino
podem ser absolvidos

Julgamento de recurso no STF tem novo relator e novo plenário. Se o Ataulfo Merval concordar …
O ansioso blogueiro telefona para Justiniano, marido de Teodora e autor de manual de Direito que se encontra nos sebos de Roma.

—  Prezado Mestre, o que lhe pareceu o prefácio do Ayres Britto no livro do Ataulfo Merval (*) ?
—  O que vocês, sujos, já disseram, meu filho: uma imoralidade. E pior: ele pode ser desmentido pelo próprio Supremo.
—  Como assim, Grande Imperador ?
—  Vamos imaginar que o Celso de Mello, apesar dos esforços do Gilmar …
—  Dantas (**) …
—  Sim, Dantas. Apesar dos esforços do Dantas, quero dizer, Gilmar, o Celso de Mello resolva aposentar-se.
— E daí ?
—  Serão três  novos ministros no Supremo. O Zavascki e os substitutos do Britto e do Celso de Mello.
—  É quando o Gilmar vai ficar mais só do que pardal na chuva…
—  Exatamente, meu filho. Não sei se ele resistirá à irrelevância política.
—  É, mas deixar aquele púlpito, Imperador, e descer à planície para enfrentar os Sassânidas …
— Não interrompa o nexo do meu argumento. Você quer saber, ou não quer ? Tenho mais o que fazer nos aposentos imperiais com a querida Teodora …
— Sim, sim ! Adiante, por favor ! Teodora saberá esperar …
— Com três novos ministros tudo pode mudar.
— Mudar como, se o Dirceu e o Genoino já foram condenados irremediavelmente pelo Ataulfo Merval !
— Data venia, o Ataulfo, mas com o julgamento dos recursos e três novos  ministros tudo pode mudar: há um novo relator e uma nova composição do plenário.
— Rever a condenação ? Se o Supremo julgou tá julgado: Roma locuta causa finita. Não serei eu a lhe ensinar isso ..
— Meu filho, reduza-se à sua Processual insignificância. O julgamento do recurso é um novo julgamento. NOVO ! Entendeu ?
— Mas eles já foram julgados pela ultima instância, Imperador. O Supremo é Supremo !
— Em geral, no mundo normal, um mesmo juiz não julga a sua própria decisão. Mas, o mensalão não foi julgado no mundo normal. Não houve o duplo grau de jurisdição. O julgamento do recurso é essa segunda chance que todo acusado tem. Desde que eu escrevi aquele manualzinho …
— Quer dizer que o recurso no Supremo é como se fosse o segundo grau de que os acusados Dirceu e Genoino dispõem … “Acusados”, porque eles ainda não foram condenados definitivamente.
— Isso se o Ataulfo concordar. Você sabe. Ele tem o poder de veto e de voto.
— E muito mais, Sábio Imperador.
— Então, acompanhe meu raciocínio. Com a mudança de um voto o Genoino não vai para o semi-aberto. E com a mudança de dois votos o Dirceu não vai preso.
— Quer dizer, então, que o Big Ben de Propriá …
— Quem ?
— O Ayres Britto…
— Por que Big Ben de Propriá … que maluquice é essa ?
— É que ele é de Propriá. E lá tem um Big Ben que marcou direitinho a hora de condenar o Dirceu …
— Que hora ?
— Na hora em que os eleitores de São Paulo tinham que escolher entre o Cerra e o Haddad…
— Ah, entendei … Era um tic-tac “parcial”…
— Sim, porque a única função de um presidente do Supremo é fixar a pauta das votações. E ele marcou a hora com a precisão de um Big Ben … de Propriá ! Tudo de forma a pegar o jornal nacional do dia … Aqueles inesquecíveis 18′ do jornal nacional … ( Clique aqui para ler  e aqui também)
— Poxa, veja como o Ataulfo pensa na frente dos acontecimentos …
— Como assim, Imperador …
— Ele e o Ayres Britto jogam na criação do fato consumado.
— Qual … consumado ? Essa palavra “fato” não deve ser pronunciada no contexto do Supremo …
— O Ataulfo e o Britto tentam impedir que o Dirceu e o Genoino tenham direito a recursos, ou seja, direito a uma “segunda” instância dentro do Supremo.
— Mas, Imperador, o Ataulfo não tem o poder de mudar o regimento do Supremo e o regimento estabelece que tem que julgar os recursos com um novo relator e um novo plenário. Ou eu li o regimento errado. Li o do Supremo de Constantinopla …
— Meu filho, o Supremo é capaz de pegar a Constituição e o Regimento Interno e …
— Já sei, Imperador. Pegam a Constituição e o regimento interno e … Sugiro que o Senhor vá em busca da doce Teodora.
Pano rápido.

Paulo Henrique Amorim

(*) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.
(**)  Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele . E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste  em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…
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A FUNDAÇÃO DE TENOCHTITLÁN

A FUNDAÇÃO DE TENOCHTITLÁN

 
 
 
Últimos a chegar a esse universo ao mesmo tempo refinado e brutal, os astecas passaram por inúmeras atribulações. Desejando ter um rei como os das dinastias vizinhas, entraram em conflito com Colhuacán, Seu soberano Uitzliuitl ("Pluma deColibri"), chamado "O Antigo", foi porém vencido, capturado e sacrificado. Exilados primeiramente nas terras estéreis de Tizapán, os astecas terminaram por se refugiar nas ilhas da zona pantanosa a oeste do grande lago. Foi lá que, em 1325, segundo a tradição, Uitzilopochtli falou ao grande sacerdote Quauhcoatl ("Serpente-Águia").

 
 
 
Revelou-lhe que seu templo e sua cidade deveriam ser construídos "em meio ao bambuzal'', sobre uma ilha rochosa na qual se veria "uma águia devorando alegremente uma serpente". Quauhcoatl e os demais sacerdotes puseram-se à procura do sinal prometido pelooráculo; e viram uma águia pousada sobre uma figueira-do-inferno (tenochtli) tendo no bico uma serpente. Lá foi erigida uma simples cabana de bambus, primeiro santuário de Uitzilopochtli e núcleo da futura cidade de Tenochtitlán.

 
 
 
Pobremente, miseravelmente — diz uma crônica asteca — eles construíram a casa de Uitzilopochtli (...). Onde poderiam eles encontrar pedra ou madeira? (...) Os mexicanos reuniram-se e disseram: Compremos então a pedra e a madeira com o que se encontra na água: o peixe, o axolotl, a rã, o lagostim (...)

OS 20 DO MASP ESTÃO SE MULTIPLICANDO, ESTA FOTO É DE AGORA HÁ POUCO, E ESPERAMOS VER MUITO MAIS NA PASSEATA DO DIA 24/02/2013 NO MASP, ÀS 15HS...

 
 
 
OS 20 DO MASP ESTÃO SE MULTIPLICANDO, ESTA FOTO É DE AGORA HÁ POUCO, E ESPERAMOS VER MUITO MAIS NA PASSEATA DO DIA 24/02/2013 NO MASP, ÀS 15HS...

 
 
 
 
 
 
Quero ver a PETRALHADA continuar zoando da nossa cara, pois o povo está comparecendo nas ruas, e quando o levante popular se mostrar em peso nas ruas em todo o Brasil, vou ver muitos PETRALHAS caladinhos ruminando os 80% de aprovação que a mídia na qual, eles chamam de PiG vem vendendo para o respeitável público acreditar... Falem agora que os 20 do MASP encheram uma kombi, como os ABESTADOS apoiadores dos mensaleiros encheram e ainda PAGARAM a conta do jantar promovido, para arrecadar dinheiro e pagar a conta das indenizações que a justiça mandou os bandidos do erário pagarem...

VAMOS VER QUEM VAI RIR POR ÚLTIMO...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Todo destino pode ser transformado

Todo destino pode ser transformado


Diante da reestruturação da organização em distritos na segunda etapa do Kossen-rufu para impulsionar a grande onda de propagação do budismo pelo mundo, a desarmonia e a desavença (onshitsu, em japonês) entre os companheiros seriam a principal causa para sua destruição.

Shin-iti Yamamoto queria deixar claro sobre essa causa e cortar de vez a raiz desse mal.
— Se os companheiros alimentarem rusgas entre si, odiarem-se ou tentarem prejudicar um ao outro, por mais que bradem a verdade e a justiça do budismo, é como se o seu coração puxasse um arco (e flecha) em direção ao coração de Nitiren Daishonin.Isso é um crime muito grave.

— Peço para que jamais se esqueçam deste ponto. Seres humanos são dotados de sentimentos. Pode acontecer de terem de atuar com alguém que não simpatizam e se sintam contrariados. Nessas ocasiões, devem orar até mudar seu coração: “Gohonzon, permita que eu sintonize meu coração com o daquela pessoa. Quero me harmonizar com ela. Torne-me alguém capaz de respeitá-la”. Ao orar dessa maneira, vão romper as barreiras e revolucionar sua condição de vida.

O presidente Yamamoto continuou: — Se os senhores mudarem a si mesmos conquistarão um estado de vida em que será possível promover a união com qualquer pessoa. O importante é fazer prevalecer a harmonia. É nesse ambiente que se cria a amizade e nasce a verdadeira relação de solidariedade e companheirismo. Nesse ambiente prevalece a alegria da fé e existe a vitória.
Batalha contra o destino

Os líderes da província reunidos no Centro Cultural de Ehime ouviam as palavras de Shin-iti com toda a seriedade.

— Mudando de assunto, podemos dizer que a vida é uma constante batalha contra o destino. Existem muitas pessoas que choram e lamentam seu destino, são dominadas por ele e acabam se resignando. Contudo, desde que se tenha fé, não existe nenhum destino impossível de ser transformado.

— Um carro não se move se seu motor não for ligado. No entanto, se ligarmos seu motor, ele pode correr para todas as direções. Da mesma maneira, se mantivermos ligado o motor da fé, subimos o penhasco das adversidades, transformamos o destino, o nosso carma de existências passadas, e avançamos com entusiasmo pela trajetória da vida que desejamos.

— Vamos lutar! Vamos vencer! Vamos, juntos, construir a história de vitória da nossa vida!
Shin-iti proferiu essas palavras com o forte desejo de que esse seu sentimento chegasse ao coração de cada líder dos distritos que estavam sendo fundados por todo o Japão.


Edição 2167 - Publicado em 09/Fevereiro/2013 - Página A2

Isso nunca vai acontecer...


Isso nunca vai acontecer...


Vários especialistas, ao analisarem as causas de acidentes que se transformam em tragédias, como a de Santa Maria, são unânimes em afirmar que um dos motivos primários desses fatídicos acontecimentos é o excesso de confiança, que ilude e leva à imprudência. O professor da Universidade de Duke Henry Petroski acaba de lançar um livro sobre acidentes, To Forgive Design (Perdoando o Design), e afirma que a raiz da maioria das catástrofes encontra-se na armadilha humana que é a confiança em demasia. Ela induz ao erro e leva a pessoa a negligenciar e relaxar no cumprimento de certas tarefas do cotidiano. Este editorial não tem a pretensão de levantar hipóteses das causas da tragédia ou fazer julgamentos prévios ou sem fundamento. Acreditamos que as autoridades competentes, pelo próprio clamor público, vão apresentar para a sociedade os devidos responsáveis pelo acontecimento. Porém, não podemos ficar inertes ao que aconteceu em Santa Maria.

Uma vida dourada


O presidente Ikeda afirma: “Fundamentalmente, o budismo vê todos os seres vivos como manifestações individuais de uma única e grandiosa vida dourada. Essa é a verdade para a qual Sakyamuni tornou-se iluminado. Isso ilustra o princípio da origem dependente”. Portanto, temos a missão de transformar a indignação e a tristeza provocadas pela morte repentina de tantos jovens numa profunda e resoluta decisão de viver e lutar em prol do Kossen-rufu e pela felicidade de todas as pessoas. Nossa missão como budistas e discípulos do presidente Ikeda é transformar nosso país e a sociedade num local em que todas as pessoas desfrutem de paz, tranquilidade e vivam com plenitude. Devemos ter a consciência de orar e agir com todo o vigor pela felicidade e vitória das pessoas ao nosso redor. Nossos familiares, vizinhos, amigos, colegas e até mesmo aqueles que mal conhecemos, todos, sem exceção, são seres humanos dignos de respeito e devem ser felizes.

Sejamos bodhisattvas


Em sua mensagem de ano-novo, o presidente Ikeda afirma: “Não existem bodhisattvas que evitem o mundo real repleto de pessoas sofridas e angustiadas e se contentam apenas com a busca da própria iluminação num retiro de tranquilidade. Também não existem bodhisattvas que fujam da realidade social maculada como um pântano lamacento e busquem a utopia em algum lugar distante. Bodhisattvas são aqueles que, em meio à realidade deste mundo, turbulento e atormentado, atuam obstinadamente para o povo e junto ao povo para iluminar a vida de cada pessoa e extinguir a escuridão do caos e da desordem”.

Num momento como este, em que o país inteiro lamenta o trágico acontecimento, devemos entrar em ação e resgatar os valores básicos da existência humana, os pilares do Budismo Nitiren, que se resume no espírito do Bodhisattva Jamais Desprezar, ou seja, perceber a natureza de Buda em todas as pessoas e viver pelo juramento Seigan em prol do Kossen-rufu. Em outras palavras, Kossen-rufu significa construir um mundo melhor, um mundo de paz e harmonia onde as pessoas sejam felizes e realizadas.

Vitória de mestre e discípulo


A partir de agora, vamos nos levantar e lutar com a decisão de vencer infalivelmente imbuídos da consciência de que “a minha vitória determinará a vitória da sociedade brasileira”. Com este orgulho, determinemos o grande triunfo da unicidade de mestre e discípulo para toda a posteridade!
Que a preciosa vida perdida de cada um dos jovens de Santa Maria se transforme no início de um novo Brasil para todos os jovens que viverão em seu lugar.

E que este país da esperança tenha sempre na vanguarda os valorosos “Monarcas do Kossen-rufu”, os sublimes discípulos Ikeda, que se erguem resolutos para mudar a história do mundo!
Vamos à luta!
 
 
Edição 2167 - Publicado em 09/Fevereiro/2013 - Página A2

A fé é a maior expressão do coração humano

A fé é a maior expressão do coração humano


ORIENTAÇÃO AOS COMPANHEIROS | PARTE 74

Trecho do gosho: “Assim como uma mulher estima seu marido, como um homem dá a vida pela esposa, como os pais não abandonam os filhos, ou como uma criança se recusa a deixar a mãe, da mesma maneira devemos depositar nossa confiança no Sutra de Lótus, em Sakyamuni, em Taho e em todos os budas e bodhisattvas das dez direções, bem como nos deuses celestiais e divindades benevolentes, e recitar Nam-myoho-rengue-kyo. Esse é o significado da fé.” (END, v. VI, p. 93.)



EXPLANAÇÃO DO MESTRE: “A fé é a maior expressão do coração humano. Amar a família e proteger incondicionalmente os filhos. Basta se dirigir ao Gohonzon com toda a sinceridade, exatamente com esse coração. Vocês, integrantes do Young Mrs. (Grupo Zenshin da DF), dedicam-se arduamente em meio à realidade. A vida diária ao seu redor é o próprio palco da revolução humana. Peço para que, hoje também, façam brilhar com sabedoria e alegria o grandioso ‘sol da felicidade’!”
Dr. Daisaku Ikeda


Edição 2167 - Publicado em 09/Fevereiro/2013 - Página A1

O Chakubuku é o caminho direto à felicidade.

Frase do dia


“O Chakubuku é o
caminho direto à felicidade.


O encontro proporciona a expansão
dos elos das pessoas com o budismo.


O diálogo dissemina as
sementes do estado de Buda.


A oração desencadeia
o desabrochar da natureza de Buda.


Vamos partir para
a ação com toda a coragem!”


Dr. Daisaku Ikeda



Edição 2167 - Publicado em 09/Fevereiro/2013 - Página A1

Mario Garnero: Pós-Davos e o mundo não acabou

Mario Garnero: Pós-Davos e o mundo não acabou

Depois do fim do Fórum de Davos de 2012, o pessimismo dos economistas presentes quase me fez acreditar nas previsões maias: o mundo realmente poderia acabar até dezembro. Enquanto os políticos tinham discursos por demais otimistas, os economistas previam o apocalipse: a Europa precisaria tomar medidas drásticas de austeridade. A Grécia precisava de alguma reinvenção. As empresas globais estavam fadadas ao prejuízo.


Numa pesquisa feita pela PricewaterhouseCoopers com CEOs em Davos, somente 25% dos líderes empresariais presentes acreditavam que suas empresas poderiam crescer em 2012. Os outros 75% acreditavam, no mínimo, em estagnação. Em sua maioria, apostavam no encolhimento drástico dos próprios negócios. Era o fim do mundo.


E testemunhamos o que aconteceu: a Grécia começou o ano numa panela de pressão. Portugal e Espanha também se viram nessa situação. Os mercados se acomodaram. Algumas medidas de austeridade foram tomadas (em sua maioria, atrasadas). O desemprego cresceu na Europa, as trocas comerciais caíram, mas o mundo não acabou. Nem a Europa, aliás.


Há poucos dias, o novo Fórum de Davos aconteceu. Novas previsões de um apocalipse econômico foram levantadas, mas ouso fazer aqui a minha previsão: o mundo não vai acabar. E vou além: se o Brasil souber aproveitar as mudanças que estão acontecendo, pode entrar em uma onda de crescimento real e consistente.


Por exemplo, se há um índice alto de desemprego na Europa e existe uma carência de mão de obra qualificada no país, então os profissionais de lá não só devem ser reaproveitados por aqui, como podem nos ajudar a qualificar nosso próprio contingente.



Carvall/Folhapress


Grandes empresas pelo mundo estão de olho no Brasil --por tabela, as mais conceituadas universidades dos Estados Unidos e da Europa estão oferecendo facilidades para atrair estudantes brasileiros. Nós precisamos aproveitar todas essas oportunidades. A formação de profissionais tem que ser nossa prioridade, porque é exatamente aí que perdemos competitividade.


Também são os profissionais bem formados que vão brigar pela qualidade de serviços e de infraestrutura do país. Hoje temos cerca de 10 mil estudantes se graduando lá fora. Quando tivermos 100 mil, eu ficarei mais tranquilo. Porque é impossível ignorar 100 mil pessoas altamente preparadas e qualificadas, que querem e podem buscar soluções. Porque são essas pessoas que sabem como funciona o mundo e que vão brigar para que o Brasil comece a andar direito.


É claro que, antes disso, podemos alicerçar nossa moeda e controlar a inflação. Mas não adianta ter uma moeda forte e inflação controlada, se, ao mesmo tempo, temos portos ineficientes, estradas esburacadas, uma rede ferroviária nula e uma rede de telecomunicação que irrita e envergonha diariamente (a inclusão do código da operadora para ligações em DDD e DDI é inexplicável. Já foi difícil para que nós compreendêssemos a lambança. Agora tente fazer um estrangeiro entender que ele não pode simplesmente dar um recall, porque é preciso redigitar todos os números, incluindo o bendito código da operadora.).
O fato é que o mundo vê hoje o Brasil com lentes embaçadas. Sabe-se que estamos trilhando um bom caminho, mas ainda nos são cobradas as medidas certas na reforma tributária, na infraestrutura e no setor de energia. Vamos continuar em frente, o mundo não vai acabar. Mas essa estrada requer muito trabalho, porque, se a encararmos como um passeio, nossa espiral de crescimento pode ter fim. E o caminho de volta é muito mais árduo de se trilhar.



MARIO GARNERO, 75, é chairman do grupo Brasilinvest e presidente do Fórum das Américas e da Associação das Nações Unidas "" Brasil (Anubra)

Hoje na História: 1861 - Estados do Sul abrem secessão e iniciam guerra civil norte-americana



Hoje na História: 1861 - Estados do Sul abrem secessão e iniciam guerra civil norte-americana

Escravista e agrário, Estados Confederados queriam manter livre comércio e comércio de escravos


Os Estados Confederados da América formaram uma unidade política em 4 de fevereiro de 1861. Quatro dias mais tarde abrem secessão em relação aos demais Estados do norte. A confederação nasceu com seis Estados do Sul agrário e escravista dos Estados Unidos: Alabama, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Louisiana e Mississipi. A decisão ocorreu após o abolicionista Abraham Lincoln ter vencido as eleições presidenciais de 1860. Jefferson Davis foi escolhido como o primeiro presidente dos Estados Confederados da América no dia seguinte, sendo o único a governá-la até ser capturado pela União em 10 de abril de 1865, um dia após a rendição incondicional das tropas confederadas em Appomattox.

Wikimedia Commons - Abraham Lincoln
O Norte era comandado pela burguesia industrial que defendia o protecionismo alfandegário por não conseguir competir com os preços dos produtos ingleses. Já o Sul, que tinha como base a economia agrária, era comandado por uma aristocracia que defendia a liberdade de comércio, exportava quase toda sua produção, em especial a do algodão,  e comprava da Inglaterra os produtos manufaturados.

Por ocasião da expansão para o Oeste e do rápido crescimento da indústria, os representantes do Norte eram abolicionistas, por terem interesse no crescimento do mercado consumidor e, ao mesmo tempo, na obtenção de mão-de-obra barata. Já os sulistas defendiam a livre adoção da escravidão por se beneficiavam diretamente desta mão-de-obra em suas fazendas, lucrando com os altos preços na venda dos escravos.

No primeiro discurso de Lincoln como presidente, ele declarou a ilegalidade da secessão. Disse que usaria a força para manter o controle das propriedades federais nos estados da Confederação e concluiu pedindo a restauração dos laços da União.

O Sul ignorou o pedido e, em 12 de abril de 1861, atacou as tropas federais no Fort Sumter, em Charleston, Carolina do Sul. Lincoln conclamou os estados do Norte a cederem tropas para recapturar o forte. Os confederados resistiram e conseguiram a adesão de mais quatro Estados: Arkansas, Carolina do Norte, Tennessee e Virginia. Mais tarde o Texas se juntou a eles.

Os Estados Confederados saíram dos Estados Unidos e tomaram o controle das instalações militares, portos e demais propriedades da União dentro dos limites da Confederação, desencadeando desse modo a Guerra Civil Americana.

Segundo a maioria dos historiadores, duas foram as causas fundamentais da secessão: a intenção dos republicanos de restringir e até eliminar a escravidão; por outro lado, as grandes limitações de poder político dos Estados da União no que se referia à propriedade dos escravos.

Benjamin Palmer, pastor da principal Igreja Presbiteriana de Nova Orleans, argumentava, em apoio à secessão, num sermão do Dia de Ação de Graças em 1860, que os sulistas brancos tinham o direito e a obrigação de manter a escravidão em favor de seus interesses econômicos e sociais, "agindo como guardiães dos afetuosos e leais embora desamparados pretos" e para atuar como "defensores da religião contra o ateísmo abolicionista".

No conhecido "Discurso da Pedra Angular", o vice-presidente da Confederação, Alexander Stephens, declarou que a "pedra angular" do novo governo"era a grande verdade de que o preto não é igual ao homem branco. A escravidão, subordinação a uma raça superior, é a sua natural e normal condição. O nosso novo governo é o primeiro, na história do mundo, baseado sobre esta grande verdade física, filosófica e moral".

Wikimedia Commons - Reprodução

Em azul, Estados da União e, em vermelho, da Confederação. Em azul claro, os unionistas que permitiam a escravidão

Já o presidente dos Estados Confederados, Jefferson Davis, não fez referência explícita à escravidão no seu discurso de investidura. Ressaltou apenas a importância do direito dos Estados implantarem suas próprias políticas como a razão fundamental da secessão.

A Constituição dos Estados Confederados revela os motivos para a cisão da União. Embora grande parte fosse cópia da Constituição dos Estados Unidos, continha várias disposições que garantiam a permanência da escravidão, apesar do comércio internacional de escravos estar proibido. Preservava também o direito dos Estados de se autogovernarem, demarcando-se do poder central. Proibia que o governo confederado estabelecesse tarifas protecionistas internas e que usasse os impostos arrecadados para financiar melhorias próprias em outro Estado. Em contraposição à linguagem secular da Constituição dos Estados Unidos, a confederada pedia abertamente a benção de Deus: "Invoking the favor of Almighty God" ("Invocando o favor de Deus todo-poderoso").

A constituição confederada, aprovada em 11 de março de 1861, permaneceu vigente até 1865. Estabeleceu que o presidente dos Estados Confederados seria eleito para um mandato de seis anos, mas não podia apresentar-se a uma reeleição. Um único poder era outorgado ao presidente: o direito de veto, se bem que esta possibilidade estava presente para alguns governadores de Estado. O Congresso Confederado podia derrubar o veto pela maioria de dois terços. A aprovação de leis não propostas pelo Poder Executivo dependia de dois terços de votos favoráveis em ambas as casas do Congresso.

Wikimedia Commons

Quadro retrata a Batalha de Gettysburg, considerada a mais sangrenta da Guerra Civil

A impressão de papel moeda e selos foi autorizada e posta em circulação, embora fosse realizada pelos Estados individualmente em nome da Confederação. O governo considerou emitir moedas, mas a carência de lingotes frustrou os planos.

A capital dos Estados Confederados da América era Montgomery, Alabama, a partir de 4 de fevereiro de 1861 até 29 de maio de 1861. Richmond, Virgínia, foi designada a nova capital a 6 de maio de 1861. Pouco antes do final da guerra, o governo confederado evacuou Richmond, com a intenção de localizar a capital mais para sul. Danville, Virgínia, serviu como efêmera capital dos últimos dias da Confederação, de 3 a 10 de abril de 1865.

Terminadas as negociações entre o general confederado Robert Lee e o general unionista Ulysses S. Grant na casa de McLean, perto da Corte de Justiça de Appomattox, Virgínia, em 9 de abril de 1865, os termos da rendição foram firmados, pondo a fim à sangrenta Guerra Civil.



08/02/2013 - 08h50 | Max Altman | Redação

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

'Cleopatra's necklace' found in a Siberian grave

By The Siberian Times reporter
01 February 2013
This is the first picture of how a stylish 'ancient Egyptian' necklace was discovered in the heart of Siberia.
'I have worked with Altai antiquities for more than 30 years, and this necklace is probably the most beautiful find I've ever seen'. Picture: Dr.Borodovsky
Made of brightly coloured laminated glass, the priceless jewellery was found gracing the neck of a 25 year old woman in a remote burial mound in the Altai Mountains.
Scientists say she died between 2,300 and 2,400 years ago and was a kinswoman of the famous tattooed 'Princess Ukok' (see more about her here), whose astonishing body artwork preserved in the permafrost has led to worldwide interest.
In fact, while it has been nicknamed 'Cleopatra's Necklace', the highly-coloured necklace pre-dates the exotic last Pharaoh of Ancient Egypt and originates around the time that Alexander the Great dominated the world from the Ionian Sea to the Himalayas.
The 17-bead necklace is fully intact and completely unique in the former Soviet Union.
Archeologists say it throws startling new light on the level of civilisation in Siberia in the Scythian epoch.
'What we have found is of much more than local importance' - said Professor Andrey Borodovsky, 53, of the Institute of Archeology and Ethnography of the Siberian Branch of the Russian Academy of Sciences.
'We might want to ask for our foreign colleagues's expertise on the chemical composition of the glass, the necklace's origin and the exact date it was made'.
Cleopatra's Necklace Siberia
'The beads were put on a string made from tendon. Each bead is 2 to 2.5 cm in diameter, quite large. It was on her neck when she was buried, you can see it clearly on the picture which we took immediately after we cleared the dust off the necklace'. Picture: Dr. Borodovsky
Originally dug up in 2004, the necklace has never gone on public display - though this is planned for the future - because Andrey Borodovsky's team continues to study their finds in the Chultukov Log burial mounds in the Altai Mountains.
'The necklace has a striking variety of colours, beautiful shades of deep and light yellow and blue,' said the Siberian archeologist.
'I have worked with Altai antiquities for more than 30 years, and this necklace is probably the most beautiful find I've ever seen.'
It is made by the 'Millefiori' technique which involves the production of glass canes or rods with multicoloured patterns which are viewable only from the cut ends. The rod is heated in a furnace, pulled until thin, yet maintaining the design in the cross section of the glass. When cool, it is cut into beads.
'The beads were put on a string made from tendon. Each bead is 2 to 2.5 cm in diameter, quite large. It was on her neck when she was buried, you can see it clearly on the picture which we took immediately after we cleared the dust off the necklace.'
The actual find was made by Professor Borodovsky's wife, Yelena, 50, also an archeologist. 'It was my plan of excavation - but she found them', he said.
'There was seemingly no clasp. My wife always works very meticulously and there was no trace of it, so our assumption is that it was tied up.
'There was nothing in between the beads, no knots or anything like this. The beads moved freely along the string.'
'We were working on a spot which was later taken over by a petrol station. It was an emergency excavation, we were hurrying with it - and just about made it. Now a petrol filling station has been built on top of it'.
Cleopatra's Necklace Siberia
The necklace has never gone on public display - though this is planned for the future - because Andrey Borodovsky's team continues to study their finds in the Chultukov Log burial mounds in the Altai Mountains. Pictured: Yelena Borodovskaya, an archeologyst who found the necklace, from the archives of Central  Altai Archeological team
The professor is confident the age of the beads is around 2,300 to 2,400 years old because other artefacts in the burial mound, such as a mirror and a knife, which are far more common to Siberia, are known to belong to this era. Yet the presence of the necklace is totally unique compared with discoveries in all previous ancient Siberian graves.
'There have been similar looking finds in Scythian mounds in Crimea, but these were just single beads -  never a complete necklace', he said.
'Our woman belongs to the Pazyryk people. She was tribeswoman of the so-called 'Princess Ukok'. The time of their burials is close, they were both buried around the 4th Century BC.'
The scientists must await expert confirmation that - as they suspect - the glass treasure is from ancient Egypt 'but it was surely made by a craftsmen from the Middle East. Nowhere else in the world had that technique at the time.'
He surmises that 'the neckless was very valuable. Even Royal Pazyryk burials did not have a necklace like this.
'If to try and understand the value at the time, it was probably several dozen horses'.
And now? Priceless.
'The level of these beads is that they are certainly among the things that any world museum would want to have', Andrey Borodovsky said.
Cleopatra's necklace
'The level of these beads is that they are certainly among the things that any world museum would want to have', Andrey Borodovsky said. Picture: Dr. Borodovsky
One of Russia's leading experts on the Bronze and Iron Ages, Borodovsky sees the beaded neckless as 'a clear indicator of the young woman's special status'.
'Even now it captures the attention immediately - back then it was without a doubt the symbol of a very special role played by that person', he added.
He has tried to build a picture of who this woman was. Her age was around 25 when she died.
'It is quite possible she was a Priestess. What points to this status is a bronze mirror which was packed into her 'burial bag'.
'The mirror had a chain of bronze pendants attached to it, also there was a set of sacrificial bones with a little butcher knife. It shows that the mirror was treated as a living creature, which points to its magical function'.
'The Chultukov Log necropolis also has a collection of elaborate hair pins, decorated with griffins, wolves and solar symbols.These pins not only carried the information about the mythology of that time, but signalled the status of the person. All hair pins were found in hairdos of married women.
'Our lady didn't have one. It's very interesting, though I can't say it definitely meant that she was a virgin'.
Cleopatra's necklace

Cleopatra's necklace
Andrey Borodovsky, Siberian Institute of Archeology and Ethnography, during an expedition to Altai mountains. Picture: Central Altai Archeological team's archive
The find led the jewellery being dubbed 'Cleopatra's Necklace.
'The version about Cleopatra, of course, is very impressive: the image of a beautiful queen still excites the human imagination', Andrey Borodovsky said.
'But I can say one thing: they are older, and certainly belong to the time of her ancestors judging by the rest of the finds, the things belong to the end of the 4th or beginning of the 3rd centuries BC,  the start of the Hellenistic period.'
He stressed: 'I think the true owner of the necklace was also a 'blue-blooded' female. She was a woman notable for her tribe or clan.'
To the professor there is a wider historical significance.
'It shows that during the major historical changes that took place in the Black Sea, the Mediterranean and South West Asia went wider to the more remote areas of the Asian continent, which imported some interesting things.
'On one hand, it shows the scale of the historical events that occurred after the conquests of Alexander the Great, on the other it shows that Siberians back in those days, like now, could afford some unique items made by the most advanced technologies.
'In general, it is not surprising because Siberia has always been a kind of 'stream of civilization' - a transit territory, rich with resources and attractive for migration.
'We should take into account the fact that the route through Kazakhstan is close to the side tracks of the old Silk Road, and it is most likely by this route that those beads got to Altai. Obviously, this area was a very busy place.'
The remarkable necklace is currently held by the Institute of Archeology and Ethnography in Novosibirsk.
'The necklace has never been exhibited. Right now the most important thing for us is to take as much information from it as possible - and then let our museum decide where and how to exhibit it', Andrey Borodovsky said.
'It is likely the collection will be shown to the public in several years, when results of first studies will be published'.

Additional reporting: Anna Liesowska